quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O que é cooperativismo?

Temos às vezes dificuldade em identificar as diferenças entre a sociedade cooperativa e sociedade mercantil, abaixo uma lista que ira nos ajudar a perceber essas diferenças:
Sociedade Cooperativa
Sociedade Mercantil
É uma sociedade de pessoas
É uma sociedade de capital
Objetivo principal é a prestação de serviços
Objetivo principal é o lucro
Número ilimitado de cooperados
Número limitado de acionistas
Controle democrático - um homem - um voto
Cada ação - um voto
Assembléias: "quorum" - é baseado no número de cooperados
Assembléias: "quorum"- é baseado no capital
Não é permitida a transferência das cotas-partes a terceiros, estranhos à sociedade
Transferência das ações a terceiros
Retorno proporcional ao valor das operações
Dividendo proporcional ao valor das ações

O papel da Cooperativa
A cooperativa visa organizar e aproximar seus cooperados de suas atividades. Ela coordena e cria condições para que seus sócios possam desenvolver suas habilidades. Por delegação, a cooperativa negocia os contratos de fornecimento de serviços eliminando o intermediário e atendendo às demandas e necessidades do cliente. A cooperativa busca a qualificação técnica e o desenvolvimento do seu sócio cooperado.
Porem é preciso entender que a cooperativa não pode e nem deve ser assumida apenas por um pequeno grupo e sim de todos os seus membros. Os cooperados têm que ter a noção que uma cooperativa só prospera se houver envolvimento de todos na busca de soluções coletivas.
Declaração sobre a Identidade Cooperativa
Valores Cooperativos
As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda e responsabilidade próprias, democracia, igualdade, eqüidade e solidariedade. Na tradição dos seus fundadores, os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação com o próximo.
 
Princípios Cooperativos
Os princípios cooperativos são as linhas orientadoras através das quais as cooperativas levam à prática os seus valores.
1º Princípio: Adesão Voluntária e livre
As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços, e dispostas a assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo, sociais, raciais, políticas ou religiosas.
 
2º Princípio: Gestão Democrática Pelos Membros
As cooperativas são organizações democráticas controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulação das suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e as mulheres eleitos como representantes dos outros membros são responsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau os membros têm igual direito de voto (um membro, um voto), e as cooperativas de grau superior são também organizadas de forma democrática.
 
3º Princípio: Participação Econômica dos Membros
Os membros contribuem eqüitativamente para o capital das suas cooperativas e controlam-no democraticamente. Pelo menos parte desse capital é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros recebem, habitualmente, e se a houver, uma remuneração limitada ao capital subscrito como condição da sua adesão. Os membros aplicam os excedentes a um ou mais dos seguintes objetivos: desenvolvimento das suas cooperativas, eventualmente através da criação de reservas, parte das quais, pelo menos, será indivisível; benefício dos membros na proporção das suas transações com a cooperativa; apoio a outras atividades aprovadas pelos membros.
4º Princípio: Autonomia e Independência
As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Se estas firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem ao capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a autonomia das cooperativas.
5º Princípio: Educação, Formação e Informação.
As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos, dos dirigentes e dos trabalhadores de forma a que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o público em geral - particularmente os jovens, os líderes e os formadores de opinião - sobre a natureza e as vantagens da cooperação.
6º Princípio: intercooperação.
As cooperativas servem de forma mais eficaz os seus membros e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.
7º Princípio: Interesse pela Comunidade
As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades através de políticas aprovadas pelos membros.
Fontes: - ICA News, No. 5/6, 1995.
           - http://www.coopera1.com.br

Palestras gratuitas para aumentar a produtividade e rentabilidade nas propriedades rurais

O seminário Propriedade Ativa vai levar aos produtores rurais do norte capixaba conhecimentos para aprimorarem seu trabalho no campo
O norte do Espírito Santo possui uma característica agrícola bastante peculiar. A região possui uma ampla diversidade de culturas, onde a fruticultura ganha destaque com a produção de abacaxi, mamão, coco, maracujá, manga e goiaba. O assunto será um dos temas do seminário Propriedade Ativa que acontece no próximo dia 25, na Comunidade de Santa Terezinha, em São Mateus.

O Sindicato Rural de São Mateus, a Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado (Senar/ES) esperam aproximadamente 600 produtores rurais das regiões norte e noroeste do Estado no evento, que começa às 8 horas.

“O objetivo do Propriedade Ativa é levar informação e orientação para o aprimoramento do trabalho dos produtores rurais em suas propriedades”, comenta o secretário executivo da Faes, Altanôr Lôbo.

O evento é gratuito e quem quiser participar deve confirmar presença pelo telefone (27) 3185 9232.

Assuntos

O secretário de Estado de Agricultura, Enio Bergoli, será um dos palestrantes falando sobre a importância da Ceasa Norte como indutora de desenvolvimento da agricultura no Norte do Espírito Santo. O novo ponto de comercialização dos produtos agrícolas está em fase de conclusão. Quando estiver pronto, a previsão é de que seis mil toneladas de alimentos sejam comercializados mensalmente, o que indicará movimentação financeira de R$ 7,2 milhões por mês.

“Com a diversidade cultural agrícola que o norte possui, a criação da Ceasa na região terá uma grande importância para atender aos anseios dos produtores, auxiliando no escoamento de seus produtos”, enfatiza Altanôr Lôbo.

Outras seis palestras estão previstas durante o seminário Propriedade Ativa. Assuntos como meio ambiente, direitos do trabalho, previdenciários e tributários, aposentadoria e linhas de financiamento para produtores farão parte da pauta.

Os participantes ainda terão a oportunidade de tirar suas dúvidas sobre os temas tratados com os palestrantes, que permanecerão no local para atender individualmente cada produtor.

Programação:

- Palestra Ceasa Norte como indutora de desenvolvimento da agricultura no norte do Espírito Santo (Enio Bergoli – secretário de Estado de Agricultura)

- Palestra: Desenvolvimento e Oportunidades da Fruticultura (José Altino Machado Filho – pesquisador do Incaper em Linhares).

- Palestra: Meio Ambiente (Reserva legal, área de preservação permanente, proposta do novo código florestal e outorga) – Murilo Pedroni, engenheiro agrônomo da Faes.

- Palestra: Direito do Trabalho, Direito Previdenciário, Direito Tributário, Aposentadoria e Contratos – Waldeque Garcia da Silva, advogado.

- Palestra: Linhas de Financiamento para o Produtor Rural – Volgano da Rocha Júnior, gerente de agronegócios do Banco do Brasil.

- Palestra: A Importância do Senar – Neuzedino de Assis, superintendente do Senar/ES.

Mais informações: Faes – (27) 3185 9230

 

Cooperativas definem prioridades de ação

O Fórum sobre produção florestal, organizado pelo Sistema Ocepar, na última quarta-feira (15/09), em Cascavel, resultou na definição de uma série de prioridades levantadas pelos 40 profissionais de 20 cooperativas do Paraná que participaram do evento Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR

O Fórum foi coordenado pelo engenheiro florestal da Ocepar, Gilson Martins, e contou ainda com a presença do engenheiro agrônomo Robson Mafioletti. A definição das futuras ações ocorreu após a apresentação das palestras, uma delas ministrada pelo consultor florestal Adhemar Villela, que tratou sobre as tendências em mercados florestais. Já o especialista em silvicultura e colheita florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Mainovski, falou sobre as opções de manejo de florestas energéticas e multiprodutos. "Os dois palestrantes ficaram impressionados com o alto nível do grupo", afirmou Gilson.

Encaminhamentos - Ao final do evento, a Ocepar ficou encarregada de encaminhar ao grupo informações detalhadas sobre os principais mecanismos de financiamentos direcionados à produção florestal, além de um modelo com os parâmetros para contratos de arrendamento florestal. Também será organizado um treinamento sobre produção de mudas florestais e uma visita técnica à uma empresa que atua na produção de papel e celulose. Ficou ainda decidido no Fórum que será solicitado às indústrias de agroquímicos o registro de produtos voltados à proteção florestal.

sábado, 11 de setembro de 2010

A TÍMIDA EXPANSÃO DAS COOPERATIVAS NA BAHIA

O sistema cooperativista brasileiro vem demonstrando vigor com o surgimento, a cada trimestre, de novas cooperativas de diversos segmentos. Trata-se de um segmento em plena expansão, sobretudo no Centro Sul do país, embora já esteja disseminado em todo território nacional e venha ganhando força, nos últimos anos, também nas regiões Norte e Nordeste.


  Representa uma alternativa diferenciada de ingresso no mercado de trabalho convencional, esta a porta de acesso a maioria dos trabalhadores brasileiros. As cooperativas representam uma opção mais justa, solidária e inovadora, onde o associado é dono do seu próprio negócio, sem a exigência de sua participação atrelada, necessariamente, a um capital razoável.


   Uma cooperativa pode ser constituída por grupos de pessoas de todas as classes, daí também possuir essa característica de ser democrática e com ampla participação. Aliás, essa é a palavra de ordem no sistema cooperativista: participação. Onde o esforço tem que ser individual, mas visando o coletivo.


  A Bahia é um estado que não tem tradição em cooperativismo. Ainda assim, hoje, já são 446 cooperativas situadas no território baiano com aproximadamente 107.000 associados, segundo dados da Organização das Cooperativas do Estado da Bahia.

   O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado da Bahia possui uma agenda mensal onde são listados todos os eventos relativos ao cooperativismo que vão desde cursos e palestras sobre a constituição de uma cooperativa, bem como esclarecimentos quanto a gestão, tributação, cálculos trabalhistas e previdenciários aplicados as cooperativas, além do curso de formação cooperativista dentre outros realizados não só aqui na capital como também no interior do estado.


  O cooperativismo chega ao primeiro trimestre de 2008 dando sinais de que, mais uma vez, não passará despercebido aos olhos da economia. Integra o esforço nacional por um PIB cada vez maior (em 2007, o PIB nacional foi de 5.4%) com sua parcela de contribuição.


As grandes cooperativas vêm se modernizando, ganhando destaque nacional e aumentando seus ganhos, porque, embora não tenham características empresarias, têm foco comercial. As cooperativas do ramo agropecuário é um bom exemplo, pois vem conseguindo impactar positivamente a economia do País.


Outra boa perspectiva para o setor cooperativista, este ano, são os Lácteos. Em 2007, responderam  por 2,6% das exportações de cooperativas segundo a Organização das Cooperativas do Brasil.


As cooperativas de crédito também vêem se destacando não só aqui na Bahia como também em outros estados, algumas sinalizando ganhos antes de completar um ano. Para estas o segredo do sucesso está na ampliação do leque de serviços oferecidos, não se limitando somente ao crédito.


Outro ponto a considerar é que as cooperativas também estão cada vez mais preocupadas e comprometidas com as questões ambientais e sociais, antes preocupação só das de reciclagem de lixo e de latinhas.


Proteger o meio ambiente e as pessoas da contaminação pelo mercúrio são os principais objetivos do Programa Recicla Lâmpada - Mercúrio Zero, lançado pela Federação das Unimeds do Estado de São Paulo - Fesp, para todo o Estado. O mercúrio é um metal pesado causador da doença de Minamata, que pode levar uma pessoa à morte ou provocar o nascimento de pessoas com deficiências. Um bom exemplo de responsabilidade social e preocupação com o próximo.


O ano, portando, começa com o setor em plena ascensão e a Bahia precisa se engajar como maior intensidade nesse segmento, expandindo-se de forma mais vigorosa e espacial em todo território do Estado, em especial, no seu Semi-Árido que é a região mais carente

Salvador carece de plano de coleta seletiva

Reciclar o lixo doméstico em Salvador já era complicado para o cidadão devido à falta de políticas públicas eficazes, mas agora se tornou uma missão quase que impossível. Isso porque os postos públicos que arrecadavam esse material reciclável na cidade foram desativados, sem que nenhuma alternativa fosse implementada na capital.
A assessora de planejamento da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), Ana Vieira, justifica que houve a desativação  porque os 120 postos de entrega voluntária (PEVs), usados para a coleta seletiva dos resíduos sólidos, teriam sido destruídos por vândalos.
Segundo ela, para substituir os PEVs, serão implantados novos centros de coleta modernos, mas isso só ocorrerá após a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico – que tem prazo para ser concluído em dois anos.
“Para iniciarmos a elaboração do plano, no entanto, esperamos a regulamentação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos [aprovado pela União em agosto deste ano] para definir como serão os centros”, declara a assessora da Limpurb. Conforme a assessoria do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a regulamentação deve ficar pronta em novembro.
Enquanto a normatização não sai e o plano da cidade não é concluído, a população fica sem uma política efetiva, que possa livrar o meio ambiente dos danos provocados por produtos que poderiam ser reciclados, como papéis, plásticos, metais e vidros.
Especialista em resíduos sólidos, a pesquisadora da Universidade Federal da Bahia Viviana Zanta acredita que, sem os PEVs, a situação se agrava ainda mais. “Se a coleta seletiva já era limitada, imagina agora”, questiona, afirmando que a prefeitura deveria mediar a reciclagem da cidade.
“A responsabilidade deve ser compartilhada: o cidadão tem que assumir seu papel e separar o lixo; o fabricante tem que recolher a sua produção; e a prefeitura, que é a maior responsável, deve monitorar o descarte de resíduos”, enfatiza.
Cooperativas -  Apesar da falta de iniciativa municipal, os cidadãos podem contar com as ações da iniciativa privada e das cooperativas de catadores para reduzir a poluição ambiental. Anualmente, segundo a Limpurb, as cooperativas reciclam cerca de 2,4 mil toneladas de lixo na capital. Isso representa apenas 1% do lixo produzido pela cidade.
Serviço
Como funcionam as cooperativas

Locais que produzem muito lixo, como condomínios e empresas, podem solicitar à cooperativa mais próxima coletores de materiais recicláveis. Elas implantam e buscam os coletores cheios. Depois,  fazem a separação do material, prensam e vendem para as fábricas, que os transformam em  novos produtos.
Supermercados  têm postos de coleta

A rede Bompreço é uma das que oferecem postos de coleta na cidade – 42 das 66 unidades da rede contam com essas estações, que, em 2009, coletaram 200 toneladas de lixo.

João Alvarez/Agência A TARDE