Segundo ela, para substituir os PEVs, serão implantados novos centros de coleta modernos, mas isso só ocorrerá após a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico – que tem prazo para ser concluído em dois anos.
Enquanto a normatização não sai e o plano da cidade não é concluído, a população fica sem uma política efetiva, que possa livrar o meio ambiente dos danos provocados por produtos que poderiam ser reciclados, como papéis, plásticos, metais e vidros.
Especialista em resíduos sólidos, a pesquisadora da Universidade Federal da Bahia Viviana Zanta acredita que, sem os PEVs, a situação se agrava ainda mais. “Se a coleta seletiva já era limitada, imagina agora”, questiona, afirmando que a prefeitura deveria mediar a reciclagem da cidade.
“A responsabilidade deve ser compartilhada: o cidadão tem que assumir seu papel e separar o lixo; o fabricante tem que recolher a sua produção; e a prefeitura, que é a maior responsável, deve monitorar o descarte de resíduos”, enfatiza.
Cooperativas - Apesar da falta de iniciativa municipal, os cidadãos podem contar com as ações da iniciativa privada e das cooperativas de catadores para reduzir a poluição ambiental. Anualmente, segundo a Limpurb, as cooperativas reciclam cerca de 2,4 mil toneladas de lixo na capital. Isso representa apenas 1% do lixo produzido pela cidade.
Serviço
Como funcionam as cooperativas
Locais que produzem muito lixo, como condomínios e empresas, podem solicitar à cooperativa mais próxima coletores de materiais recicláveis. Elas implantam e buscam os coletores cheios. Depois, fazem a separação do material, prensam e vendem para as fábricas, que os transformam em novos produtos.
Supermercados têm postos de coleta
A rede Bompreço é uma das que oferecem postos de coleta na cidade – 42 das 66 unidades da rede contam com essas estações, que, em 2009, coletaram 200 toneladas de lixo.
João Alvarez/Agência A TARDE
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