sábado, 11 de setembro de 2010

A TÍMIDA EXPANSÃO DAS COOPERATIVAS NA BAHIA

O sistema cooperativista brasileiro vem demonstrando vigor com o surgimento, a cada trimestre, de novas cooperativas de diversos segmentos. Trata-se de um segmento em plena expansão, sobretudo no Centro Sul do país, embora já esteja disseminado em todo território nacional e venha ganhando força, nos últimos anos, também nas regiões Norte e Nordeste.


  Representa uma alternativa diferenciada de ingresso no mercado de trabalho convencional, esta a porta de acesso a maioria dos trabalhadores brasileiros. As cooperativas representam uma opção mais justa, solidária e inovadora, onde o associado é dono do seu próprio negócio, sem a exigência de sua participação atrelada, necessariamente, a um capital razoável.


   Uma cooperativa pode ser constituída por grupos de pessoas de todas as classes, daí também possuir essa característica de ser democrática e com ampla participação. Aliás, essa é a palavra de ordem no sistema cooperativista: participação. Onde o esforço tem que ser individual, mas visando o coletivo.


  A Bahia é um estado que não tem tradição em cooperativismo. Ainda assim, hoje, já são 446 cooperativas situadas no território baiano com aproximadamente 107.000 associados, segundo dados da Organização das Cooperativas do Estado da Bahia.

   O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado da Bahia possui uma agenda mensal onde são listados todos os eventos relativos ao cooperativismo que vão desde cursos e palestras sobre a constituição de uma cooperativa, bem como esclarecimentos quanto a gestão, tributação, cálculos trabalhistas e previdenciários aplicados as cooperativas, além do curso de formação cooperativista dentre outros realizados não só aqui na capital como também no interior do estado.


  O cooperativismo chega ao primeiro trimestre de 2008 dando sinais de que, mais uma vez, não passará despercebido aos olhos da economia. Integra o esforço nacional por um PIB cada vez maior (em 2007, o PIB nacional foi de 5.4%) com sua parcela de contribuição.


As grandes cooperativas vêm se modernizando, ganhando destaque nacional e aumentando seus ganhos, porque, embora não tenham características empresarias, têm foco comercial. As cooperativas do ramo agropecuário é um bom exemplo, pois vem conseguindo impactar positivamente a economia do País.


Outra boa perspectiva para o setor cooperativista, este ano, são os Lácteos. Em 2007, responderam  por 2,6% das exportações de cooperativas segundo a Organização das Cooperativas do Brasil.


As cooperativas de crédito também vêem se destacando não só aqui na Bahia como também em outros estados, algumas sinalizando ganhos antes de completar um ano. Para estas o segredo do sucesso está na ampliação do leque de serviços oferecidos, não se limitando somente ao crédito.


Outro ponto a considerar é que as cooperativas também estão cada vez mais preocupadas e comprometidas com as questões ambientais e sociais, antes preocupação só das de reciclagem de lixo e de latinhas.


Proteger o meio ambiente e as pessoas da contaminação pelo mercúrio são os principais objetivos do Programa Recicla Lâmpada - Mercúrio Zero, lançado pela Federação das Unimeds do Estado de São Paulo - Fesp, para todo o Estado. O mercúrio é um metal pesado causador da doença de Minamata, que pode levar uma pessoa à morte ou provocar o nascimento de pessoas com deficiências. Um bom exemplo de responsabilidade social e preocupação com o próximo.


O ano, portando, começa com o setor em plena ascensão e a Bahia precisa se engajar como maior intensidade nesse segmento, expandindo-se de forma mais vigorosa e espacial em todo território do Estado, em especial, no seu Semi-Árido que é a região mais carente

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